Cada dia mais a moda revê as questões de gênero e passa a pensar um só corpo. Tão em alta esta questão que uma das ultimas tendências é a moda genderless (sem gênero). Se te interessa pensa um pouco mais sobre o assunto, indico a palestra O Corpo Utópico: Anotações Sobre Moda e Gêneros. Confira mais informações a seguir:
O corpo utópico: Anotações sobre Moda e Gêneros,
ministrada pelo pesquisador em filosofia, e idealizador do projeto “A
Literatura e a Moda”, Brunno Almeida Maia (UNIFESP – Universidade Federal de
São Paulo), procura estabelecer a relação existente entre o corpo, a vestimenta
e os recentes debates sobre gêneros e sexualidades no contemporâneo, nas perspectivas
de autores como Simone de Beauvoir, Michel Foucault e Judith Butler. Com
entrada colaborativa, o evento ocorre no próximo dia 19 de setembro,
segunda-feira, das 18h às 20h30, na Casa Judith, em São Paulo.
Entendendo tanto o corpo, como a roupa, como linguagens
históricas, culturais e pertencentes a um “regime de verdade” no ocidente, a
Moda realçou, desde o século XIV até a ascensão da burguesia no XIX, os
aspectos binários do masculino e feminino no guarda-roupa. A partir dos anos
00, o movimento Agender, ou “sem gênero” ou “gênero nulo”, propõe como
principal característica a diluição, ou melhor, a reinvenção e a remodelação
das formas corpóreas a partir da roupa, permitindo uma melhor aproximação entre
shapes que transitem entre o feminino e o masculino. Marcas internacionais como
Saint Laurent, JW Anderson e Hermès, e as magazines Topshop e The Kooples,
adotaram o estilo na esteira da Selfridges, que reservou uma seção inteira em
sua loja para o tema.
No que diz respeito à “origem” do Agender – origem nos
termos do filósofo, crítico e ensaísta alemão Walter Benjamin, como a
temporalidade no qual algo brota incessantemente, e que atualiza as potências
do passado no presente - podemos citar a historicidade do repensar as formas do
corpo a partir dos séculos XIX e XX, inicialmente com a Filosofia, depois com a
geração de artistas, pintores, escritores e poetas no Modernismo, e, a partir
dos anos 80/90 do século XX, com a Moda, na esteira dos estudos de gêneros e
sexualidades iniciados com Simone de Beauvoir, Michel Foucault e Judith Butler,
entrelaçando-os com as propostas de vanguardas da geração dos costureiros
japoneses na década de 80, como Yohji Yamamoto, Rei Kawakubo para Comme des
Garçons e Issey Miyake, e o trabalho autoral dos estilistas belgas do The
Antwerp Six (Escola da Antuérpia).
O objetivo é costurar autores como Gilles Lipovetsky, Judith
Butler, Simone de Beauvoir, Michel Foucault, Walter Benjamin, Friedrich
Nietzsche, Charles Baudelaire, Gilles Deleuze, Donna Haraway, Michel Foucault,
Jacques Rancière, Virginia Woolf, Marcel Proust, entre outros, com movimentos
políticos, artísticos e culturais como o Surrealismo, o Maio de 1968, os
estilistas belgas do The Antwerp Six (Escola da Antuérpia), os costureiros
japoneses – Rei Kawakubo, Yohji Yamamoto, Issey Miyake – a Queda do Muro de
Berlim, e com os trabalhos de artistas plásticos como Leonilson, e Hélio
Oiticica, de músicos como David Bowie, e de criadores contemporâneos na Moda
como Marc Jacobs e Alexandre Herchcovitch, para alargar a percepção e a
discussão sobre as confluências entre a questão dos gêneros e sexualidades, a
Moda e o comportamento no contemporâneo.
Com apenas 20 (vinte) vagas O corpo utópico: anotações sobre
Moda e Gêneros recebe as inscrições pelo e-mail casajudith@gmail.com ou pelo telefone (11)
3228-0826.
SERVIÇO
Data: 19 de setembro de 2016 (segunda-feira).
Horário: das 18h às 20h30.
Local de realização: Rua do Seminário, 199 – Conj. 73 –
Próximo ao Largo do Paissandu – São Paulo – SP – Estação São Bento da Linha 1
Azul do Metrô.
Telefone: (11) 3228-0826.
Valor: Entrada colaborativa – pague quanto puder!
A palestra só será realizada com o fechamento de turma, com
20 (vinte) vagas.
Classificação: a partir de 16 anos.
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